Executado de acordo com as especificidades do projeto, o móvel compõe com as cadeiras e a mesa, adicionando mais lugares em salas de jantar compactas
Desde o seu surgimento – lá na Alemanha, onde marcava presença em áreas comerciais, como bares, restaurantes e cafés –, o canto alemão ganhou seu merecido espaço nos projetos residenciais. E a função é a mesma: aproveitar melhor o espaço e oferecer mais assentos para acomodar pessoas no entorno de uma mesa.
Com o advento dos imóveis compactos, ou mesmo quando a disposição da sala de jantar não é tão abrangente para receber um número expressivo de cadeiras, a versatilidade do mobiliário torna-se uma resposta interessante nos projetos de arquitetura de interiores. Elegante e multifuncional, uma vez que o seu interior é otimizado como espaço de armazenamento, seu desenho demanda o ‘apoio’ de paredes para o seu desenho – seja em um face única, em ‘L’ ou até curvo. “Simplesmente amo trabalhar com canto alemão, principalmente quando se trata de fugir dos padrões tradicionais. A versatilidade para a constituição desse mobiliário encanta a mim e aos clientes”, afirma a arquiteta Cristiane Schiavoni, a frente do escritório que leva seu nome.
Para realizá-lo, a profissional avalia diversas questões que envolvem a estética do móvel, a funcionalidade junto à mesa de jantar, circulação e conforto. Desvende os segredos compartilhados por ela:
1. Atenção com as medidas
Que a premissa do canto alemão é ter a parede como apoio, já sabemos. Porém, nesses momentos a técnica é indispensável e atenção com as medidas da peça a ser executada e, marcenaria é analisada caso a caso, por se tratar de um elemento produzido para compor um layout específico. Segundo Cristiane, as dimensões devem respeitar o projeto, mas algumas referências da arquitetura de interiores são parâmetros para que o canto alemão exerça sua função com maestria.
– Altura do banco: Ideal entre 40 a 45 cm de altura.
– Profundidade: Assento livre entre 40 a 45 cm, mais a espessura do encosto de 15 cm. Vale ressaltar que a mesa deve estar alinhada com o banco e com 5 cm de avanço para dentro.
2. Funcionalidade
Versatilidade também é um dos adjetivos aplicados ao canto alemão. Além de reverter sua presença em uma circulação mais fluída no ambiente e prover mais assentos em uma sala de jantar pequena, os moradores também são beneficiados por seu espaço interno de armazenamento que faz do móvel um baú discreto. “É incrível como ele resolve mais uma questão do projeto, quando estamos trabalhando com um imóvel compacto. Considerando que todo espaço conta, na sala de jantar esse vão é bem-vindo para guardar travessas ou formas, toalhas de mesa, jogo americano, guardanapos de tecido e outros apetrechos que acompanham o servir… O morador quem decide”, discorre a arquiteta.
Ainda sobre o ganho de assentos, ela exemplifica que uma sala de jantar pequena, onde seria viável encaixar apenas quatro cadeiras, é possível até duplicar o número de lugares, a depender do tamanho e do formato da mesa.
3. Décor
Tão importante quanto qualquer outro elemento da decoração, o canto alemão contribui com sua elegância e uma proposta receptiva. Com seu design que possibilita o uso de diferentes materiais e cores, se encaixa em todos os estilos de decoração, deixando o profissional de arquitetura à vontade para criar a sua leitura do móvel – sem perder o aconchego, que é uma característica essencial nesse mobiliário.
4. Bônus: detalhes que fazem a diferença!
Para que esse ambiente seja um destaque na sala de jantar ou espaço integrado, alguns detalhes simples podem ressaltar a beleza e funcionalidade do móvel. Confira as dicas da arquiteta:
– Aposte na iluminação: lustres e pendentes são complementares. “Uma iluminação focada valoriza demais ambientes como esse”, afirma a profissional.
– Seja criativo: No centro da mesa, vale de tudo! Flores, cerâmica e vidro, de acordo com a preferência do cliente;
– Composição do sofá: Para deixar ainda mais aconchegante, a arquiteta recomenda o uso de almofadas;
Nas paredes: uma técnica muito utilizada em espaços como esse é o uso dos espelhos, logo acima do canto alemão, aumentando a sensação de amplitude do local.
Sobre a arquiteta Cristiane Schiavoni
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP), Cristiane Schiavoni atua na área de arquitetura, decoração e reforma desde 1996 e hoje, o escritório que leva seu nome, tem mais de 20 anos de história, reunindo centenas de projetos dentro e fora do Estado de São Paulo. Em suas criações residenciais e comerciais, publicadas em importantes veículos brasileiros, elementos-surpresa e toques de cor se misturam aos recursos que garantem o conforto e o aconchego dos moradores.
Acabamentos aplicados de maneira incomum e materiais versáteis também são presenças constantes nos trabalhos de Cristiane Schiavoni. O resultado se reflete na concepção de ambientes modernos, humanizados e dinâmicos, que convidam ao bem-estar e, principalmente, traduzem a essência de cada cliente.
Tel. (11) 3649-4900
@cristianeschiavoni
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